
O jogo é 10, tudo de bom, é o brilho de ansiedade deste ano de 2009 - uma das grandes promessas de uma continuação aguardadíssima pelos fãs (como eu). Porém, a primeira coisa que dá pra sentir é aquele déjà vu constante, oriundo de RE 4, pois RE 5 é absolutamente idêntico ao antecessor. Não que isso seja ruim, longe disso; mas ser igual a ponto de não apresentar inovações é bem preocupante.
Os gráficos saltam aos olhos : Chris Redfield está nitidamente 10 anos mais velho, como bem foi dito pela Capcom, com detalhes faciais e físicos impressionantes. Os cenários demonstrados na demo são mais "exploráveis" do que em RE 4, por exemplo. Agora há muitas esquinas e cantinhos para fuçar, e o plano de fundo está com uma direção artística bastante competente.
A parceira de Chris, Sheva Alomar, também soa como um déjà vu, pois em RE 4 tínhamos a pentelhinha da filha do presidente dos EUA como acompanhante - só que esta precisávamos
escoltar, e Sheva está aqui para ajudar a enfrentar a horda de inimigos africanos, bem como resolver enigmas, creio eu. A sacanagem ? Ela não sabe se virar. Você tem que dar munição a ela, curá-la e outras coisas que qualquer personagem controlado pela IA saberia fazer. Ou seja, além de cuidar do seu próprio nariz - o que já é difícil, levando-se em consideração o alto nível de dificuldade da demo - você deve prestar atenção na arma da companheira, no life gauge dela, aonde ela está...é realmente desconfortável, confesso que frustrou um pouco a diversão.

A jogabilidade é igual, tim tim por tim tim, à de RE 4. Mira, câmera, controlabilidade do personagem, tudo. Dá pra mudar o esquema de controles no menu, se você quiser girar o personagem com o analógico direito e andar com o esquerdo. Ainda assim, ele não mira enquanto anda - o que não é nada plausível, pois qualquer shooter atual faz isso.
Os inimigos deixam cair munição, ouro, itens de cura, chaves etc. Estes, aliás, tiveram a animação copiada (na caruda mesmo, ctrl+c ctrl+v) de RE 4, principalmente quando morrem. Os movimentos que fazem são iguaizinhos aos inimigos agonizantes de RE 4. Iguais, sem tirar nem pôr. Faltou criatividade aí também.

Revolucionário como RE 4 não vai ser, isso é fato; mas dá pra ser uma ótima evolução do antecessor. Em março nas prateleiras.
Abrátzo