terça-feira, 31 de março de 2009

Verdades sobre os games

Eu falo que faz bem à saúde. Sempre disse. Os dados mais recentes, oriundos de pesquisas acerca do bem-estar que os games podem trazer, revelam verdades estarrecedoras :

- Raciocínio. Quem joga games tende a pensar mais rápido. Mais facilidade também para assimilar coisas difíceis e memória boa;

- Visão. Li esses dias no msn notícias : uma pesquisa médica revelou que os jogadores que passam horas a fio na frente da TV podem ter a visão melhor com o tempo. É como se os games "exercitassem" a vista;

- Leitura. Os games foram meu ensino precursor de inglês, e graças a eles sei o que sei hoje;

- História. Muita gente (inclusive eu) aprendeu mitologia com God of War, história com Age of Empires, conspiração com Shadow of Rome etc. Os jogos reproduzem a história com mais veracidade do que o cinema;

- Coordenação motora. É claro que quem joga Guitar Hero não aprende a tocar uma guitarra de verdade, mas melhora, e muito, a coordenação motora e o esmerilhar dos dedos. A mesma tese serve para a bateria de Rock Band ou de Guitar Hero World Tour : mãos e pé trabalhando juntos nos ajudam significativamente a ter uma noção da coisa;

- Emagrecer jogando. Graças ao Wii, o sedentarismo nos games assinou seu atestado de óbito;

- Interatividade e comunicação global. Os games de hoje possuem as últimas tecnologias, que agregam recursos sem fio como wi-fi, bluetooth etc. Além disso, é possível ligar vários dispositivos externos nos consoles, tais como pendrives, headsets e até teclados portáteis. Toda essa interatividade possibilita uma inclusão digital que o jogador nem percebe que está aprendendo.

E muitas, muitas outras coisas. Nem lembro se há malefícios que os games trazem. Violência ? Já virou balela. Vício ? Assunto de bêbado na mesa do bar. Dor na coluna ou na vista ? Nem médico diz mais isso.

Deixam a gente sem grana ? Aí sim, mas por uma boa razão : é divertido demais para economizar.

Abrátzo

segunda-feira, 23 de março de 2009

O desafio de tocar bateria

"Você tem que dividir o cérebro", foi o que sempre ouvi sobre tocar bateria. E constatei que é pura verdade. Não removo um centésimo da veracidade desta fama que a bateria tem. Mas uma coisa é certa : é muito, muito divertido tocar.

Quando comprei o kit completo de Rock Band 2, é claro que o instrumento de estréia foi a bateria. Fui seco ao pote; parecia criança com pirulito na mão no Parque da Mônica. Prejulguei a mim mesmo baseado na experiência de mais de 5 anos que tenho com Guitar Hero, na guitarra-controle, hein ? Guardo todas essas bugigangas e as penduro na parede, se for preciso.

Comecei no PS2 com aquela primeira guitarra, que pegou emprestada a fisionomia de uma Gibson SG. Bonitona, preta, de plástico e de brinquedo, da qual tomei um couro no começo, mas, com o decorrer do tempo, a jogatina incessante e o treinamento, dominei os fret buttons e o strum bar, e hoje posso dizer, seguramente, que "debulho" o game na dificuldade Expert (é claro que algumas músicas são muuuito difíceis e não passo de primeira. Mas sempre dou um jeito de praticar aquele trecho específico em câmera lenta para depois detonar no modo carreira).

Depois veio o "Guitar Hero Aerosmith", que comprei para o Xbox 360. Este trouxe a melhor época da banda de Hard Rock que existe desde os anos 70. Hoje, é claro, esse gênero praticamente nem existe mais; só que o game trouxe as melhores pérolas do Aerosmith e me obrigou a comprar a caixa com a guitarra, uma imponente Gibson Les Paul com o faceplate da banda.

Aí juntei uma grana, quebrei o porquinho e resolvi comprar o Rock Band 2. A guitarra impressiona mais do que todo o restante da banda : uma Fender Stratocaster com revestimento de madeira sintética fez as minhas outras guitarrinhas virarem brinquedinhos de plástico. O microfone é autêntico, assinado pela Logitech, com acabamento em alumínio; a bateria, e eis aqui o desafio disso tudo, também é revestida em alumínio (as colunas que sustentam os tambores, eu digo).

Aí mora o desafio. Pensei : "ah, vou debulhar essa bateria. Vou partir logo pro hard". Pra quê ? Tomei um pau. Sim. Até me questionei se realmente sabia jogar aquilo. A questão é que a divisão do cérebro vem à tona neste momento : há quatro tambores e uma linha horizontal amarela que cruza os quatro comandos. É a representação do bumbo. Tem os 4 tambores + o pedal. E quando as notas passaram voando com a faixa amarela e mais 2 comandos nos tambores ? Me descoordenei todo. Mãos e pé trabalhando juntos, em ritmos diferentes que entram em harmonia. É a famosa divisão. Nada fácil no começo.

Fui obrigado a regredir para o easy. Hoje estou conseguindo tranquilamente no medium e, vez ou outra, arrisco aquelas favoritas no hard. No expert, por enquanto, sem chance.

O bom disso tudo é que me lembrei do martírio que passei para jogar Guitar Hero. Comecei no easy também, e indo mal; depois, com o tempo, dominei o ritmo da coisa. Foram necessários uns bons meses, devo acrescentar. Com a bateria vai ser a mesma coisa - ou talvez mais.

E nem perdi tempo : comecei a fazer aulas de bateria recentemente. E pretendo persistir na empreitada. É o instrumento definitivo. Tem que ser.

Abrátzo !

terça-feira, 17 de março de 2009

Os 10 mandamentos de um gamer

Num momento raríssimo de inspiração súbita, elaborei este tópico com os 10 mandamentos de um verdadeiro gamer. Atenção : é tudo de minha autoria. Não procurei nada no google nem olhei sites de games. Podem verificar.

Os 10 mandamentos :

1- Você dorme cerca de 3 horas por noite. Seu horário de dormir é meia-noite, mas você fica jogando até 3 da manhã para compensar a falta de jogatina durante o dia e acorda que nem um zumbi na manhã seguinte;

2- Você lê o manual, o folheto publicitário que acompanha o game, a caixa e até mesmo as palavras pequenas que se encontram na borda da mídia;

3- Você não usa detonados. Somente em último caso meeeesmo, quando você quer achar aquele pombo escondido no GTA IV;

4- Você faz questão de pegar os 100% em cada jogo. Tudo. Todos os itens, acessórios, roupas, guitarras, poções, armas, personagens, fases, carros etc. Tudinho.

5- Você sempre habilita as legendas nos filminhos;

6- Você gasta mais de 1.000 reais em uma parafernália eletrônica;

7- Você deixa de sair com os amigos só para ficar em casa jogando games ou economizar grana, que depois você vai gastar em games;

8- Você divide, em proporções idênticas, duas paixões na sua vida : o namoro e os games;

9- Você tem um quê sádico inspirado em algum personagem marcante dos games;

10- Você faz isso aqui que fiz agora : escreve (ou já escreveu) de graça, simplesmente por pura paixão e amor, sobre o assunto que mais te fascina : games.


Abrátzo !

quinta-feira, 12 de março de 2009

Boa notícia : Synergex distribuirá Rock Band 2 no Brasil em caráter oficial !

Yes ! Notícias como essa esquentam o ânimo dos aficionados pelos musicais. Não só por isso, mas pelo fato de termos algo dessa magnitude em caráter oficial nas terras tupiniquins a um preço, creio eu, bem mais acessível do que se encontra atualmente através dos importados.

O pacote completo de Rock Band 2 será lançado por aqui no dia 23 de maio, numa parceria entre a Synergex e a Electronic Arts do Brasil. Isso mesmo : guitarra, bateria, microfone e o jogo.

A Synergex é uma empresa canadense que iniciou suas operações de distribuição de jogos no país em 2007. Os games distribuídos por ela, vulgo oficiais, acompanham caixa, manual em português e garantia de 3 meses, além de todo o suporte - via telefone ou e-mail - de um produto oficial.

Os preços são típicos de jogos vendidos em lojas grandes, como Fnac, Submarino, Saraiva, Lojas Americanas, UZ Games etc, ou seja, é algo que faz o escorpião residir no bolso dos brasileiros. No entanto, a condição de pagamento desses lugares permite que o valor seja quebrado em trocentas parcelas sem juros, facilitando consideravelmente as nossas condições.

Nada de preço definido ainda. Saberemos mais quando o dito cujo for lançado. Uhuu !

Abrátzo

domingo, 8 de março de 2009

Momento didático - a questão do "lhe" e do "te" e verbos defectivos

Calma, não se assustem com o título ! Verbos defectivos espantam tanto quanto um alien, mas a verdade é que o conceito é bem tranquilo.

Algumas pessoas me pediram, em comentários no blog (meu caro amigo do Rio, Jorge Pakkii) e scraps no orkut, que eu postasse sobre a questão do "te" e do "lhe". Vamos lá.

Tudo gira em torno da regência do verbo em questão. Regência é aquilo que determina se o verbo pede preposição ou não. Eu sei que ainda está grego, então nada como um exemplo para ilustrar melhor a coisa : vamos pegar o verbo "ajudar" e o verbo "ver". Ambos são transitivos diretos, ou seja, quem ajuda ajuda alguém e quem vê vê alguma coisa (ou alguém também, tanto faz). O verbo "obedecer", por exemplo, é transitivo indireto, isto é, quem obedece obedece a alguém. Mais um exemplo ? Ok, tem o verbo "habituar", ou seja, quem se habitua se habitua a fazer alguma coisa. A.

O artigo "a" funciona como preposição. Ninguém "obedece alguém"; obedecemos a alguém, assim como "ajudamos alguém", e não "ajudamos a alguém". Estamos "vendo alguma coisa", e não "vendo a alguma coisa". Estamos habituados a jogar videogame, e não habituados jogar videogame. Entenderam a questão da regência ? Só é chatinha, não muito difícil. Tem coisa muito pior.

Agora que estamos situados, vamos retomar a questão do "te" e do "lhe". Se quem ajuda ajuda alguém, então todos devemos ajudá-lo (= ajudar ele ou você, logo, ajudá-lo ! Não "ajudar-lhe").
Logo, se quem obedece obedece a alguém, então obedecemos aos nossos pais, e não só obedecemos os nossos pais. Aos. Devemos, pois, obedecer-lhes. Sim, obedecer a eles, obedecer aos nossos pais, e não obedecê-los. Mas sim obedecer-lhes.

Mais exemplos : "Eu o encontrei perdido no mar" (quem encontra encontra alguém, e não a alguém) ; "Não o vejo há anos" (quem vê vê alguma coisa ou alguém, e não a alguma coisa ou a alguém) ; "Olha, preciso lhe dizer que menti" (quem diz diz a alguém, diz alguma coisa a alguém, por isso usamos o "lhe"! Preposição "a", use "lhe"; não há preposição, não há "lhe").

E as formas "eu te amo", "eu te adoro", "eu te disse" ou "eu quero te dar um Playstation 3" ? Estão erradas ? Não, desde que o tratamento esteja na 2ª pessoa, ou seja, TU ! Como nem todo mundo é carioca, se o tratamento for em 3ª pessoa (VOCÊ!), aí sim devemos dizer "eu o amo", "eu o adoro", "eu lhe disse", "eu quero lhe dar um Playstation 3" etc. E por que raios você colocou o "lhe" nas duas últimas frases aí no exemplo ? Oras, porque quem diz diz a alguém, e quem quer dar um Playstation 3 quer dar um Playstation 3 a alguém. Lembraram ?

A forma "eu lhe amo" está errada. "Eu lhe adoro" também. O certo é "eu o amo" e "eu o adoro", assim como "eu a amo" e "eu a adoro". Tanto faz. Achou esquisito, cafona, feio ? Então simplesmente diga "eu amo você" ou "eu adoro você". Pronto ! Certíssimo !

Mudando de pato pra ganso, a questão dos verbos defectivos é bem rápida. São verbos que não têm a 1ª pessoa do singular do presente. O verbo "colorir", por exemplo. Qual o certo : "eu colóro" ou "eu colôro" ? Nenhum dos dois. Não existe a 1ª pessoa do singular para este verbo. Mas lembrem-se : é só no presente. No passado você pode dizer normalmente : "eu colori". Atenção para a 1ª pessoa do futuro. Não está errado dizer "eu colorirei", mas evite. Esse é esquisito mesmo, é um termo em desuso. Prefira "eu vou colorir" ou "irei colorir". É melhor.

Outro exemplo é o verbo "demolir". Ninguém diz "eu demôlo". Haha, é até engraçado. Também é outro verbo defectivo. "Eu demoli" está ok também. "Eu demolirei", assim como "eu colorirei", não está errado, mas igualmente esquisito. Evite. É melhor dizer "eu vou demolir" ou "irei demolir".

Ué, e como faço para dizer esses verbos no presente ? E se eu quiser contar para um amigo que estou colorindo naquele momento ? Simples, diga exatamente isso. "Eu estou colorindo". Pronto. Todo mundo entendeu. "Eu estou demolindo". Certíssimo. Ambos estão no presente e na 1ª pessoa do singular. Voalá ! Este é um dos raros casos em que o gerúndio vem a favor.

Téinkiu !

Abrátzo

quinta-feira, 5 de março de 2009

Rock Band dos Beatles anunciado : 9 de setembro !

Os rumores eram verdadeiros : a Harmonix anunciou, em caráter oficial, a produção de um Rock Band feito exclusivamente com músicas dos Beatles, tal qual o Guitar Hero Aerosmith, que tem faixas apenas da banda de Steven Tyler, e recentemente o Guitar Hero Metallica, que agrega uma boa proporção de músicas consagradas da banda de heavy metal.


Assim como nos títulos anteriores da franquia Rock Band, o jogo dará suporte a todos os instrumentos musicais e não será uma mera expansão, mas sim um jogo absolutamente inédito, que terá mais de 40 canções e contará com o pacote completo dos instrumentos usados pelos músicos à época - John Lennon, George Harrison, Ringo Starr e Paul McCartney.

Os controles em forma de instrumento imitarão os mesmos usados pelos integrantes, e o preço da banda completa (jogo, guitarra, bateria e microfone), ainda segundo a Harmonix, não sairá por menos que 250 dólares. Cada guitarra vendida avulsamente custará 100 dólares, e o game sozinho, assim como qualquer outro lançamento, sairá por 60 doletas.

A previsão dada pela Harmonix e MTV Games é dia 9 de setembro deste ano, data sujeita a alteração. Com essa crise cada vez mais iminente, é natural que atrasos ocorram. Agora, no entanto, é segurar a ansiedade e aguardar. O game sairá apenas para os consoles da nova geração - sim, o play 2 ficará de fora desta vez, ao contrário das edições anteriores de Rock Band (e Guitar Hero), que ainda apareceram para o quase aposentado console da Sony.

Abrátzo

segunda-feira, 2 de março de 2009

"Killzone 2 é uma das esperanças para salvar o PS3", afirma produtor

E não é à toa que a Sony está investindo pesado em franquias exclusivas para o PS3, tanto em conteúdo online como em jogos físicos mesmo. "Killzone 2", anunciado e aguardado desde 2005, finalmente foi lançado, após vários adiamentos, com a promessa de "levantar as vendas do PS3 e motivar os jogadores a comprarem um", segundo o seu produtor, Steven Ter Heide.

Para quem não se lembra, "Killzone" nasceu no PS2 e dividiu a crítica e o público na época. A grosso modo, trata-se de um shooter bem cuidado, que tem todos os quesitos executados com maestria, menos o quesito "inovação". Ele não apresenta nada além de gráficos requintados e uma jogabilidade sólida para um shooter.

"Killzone 2" segue o mesmo padrão, porém, agora se utiliza do potencial do PS3 para exibir o visual, que é de cair o queixo. Além disso, conta com um modo online que permite 32 pessoas se matando simultaneamente, bem parelho com "Call of Duty 4" - só que este permite um número menor de jogadores na mesma sala.

O enredo, que soa bastante clichê, é o máximo que podemos esperar de um shooter com esse peso : você é membro de um esquadrão que enfrenta um exército de seres tão palavrentos e canastrões como você, que profere um extenso vocabulário de palavrões junto a seus parceiros. Vários ambientes podem ser vistos, e a quantidade de coisas acontecendo ao mesmo tempo é imensa - sem derrubar a taxa de quadros por segundo em um momento sequer.

Realmente impressiona, a julgar pelos trailers vistos até agora. Vou deixar um aqui na postagem para se ter uma noção da coisa. E lembrem-se : NÃO é CG ! É tudo em tempo real !


Abrátzo