quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mês de lançamentos, época da dureza

E acabou a época de entressafra. É sempre assim : 8-80. Chega a desanimar de tanta coisa descartável que sai entre o meio do ano e o Natal.

Só que as festas estão chegando, e as pérolas vão saindo aos poucos do forno. Pra citar de cabeça, tem Fable 2, Gears of War 2, Dead Space, Fallout 3, Banjo-Kazooie : Nuts & Bolts, Prince of Persia, Far Cry 2, Guitar Hero : World Tour (ai...preciso de novos dedos para continuar esmerilhando), Call of Duty 5, Tomb Raider : Underworld e uma gama imprescindível de variedades.

Dá até gosto de ver o brilho de ansiedade nos olhos dos clientes. O clima natalino começa a tomar conta, todo mundo recebe o 13º e estoura o limite do cartão ou torra o já limitado cheque especial. E bora gastar. Afinal de contas, de que serve o consumismo ? Pra alimentar o capitalismo onipresente, oras. Como eu disse outrora : é divertido demais para economizar.

Deixo aqui um vídeo de lançamento do Dead Space dedicado aos mais fiéis clientes que adoram o Coelho Sabido.

Abrátzo

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Jogos infantis ? Tipo Caça-pistas ? Coelho sabido ? Baahh

É impressionante o legado que o Coelho Sabido tem. Todo mundo no trampo vem me pedir. "Ai, não gosto de comprar esses joguinhos de 'matar' para o meu filho. De jeito nenhum. Cadê o jogo do Coelho Sabido?"

Ai. O que mais me interroga é que eu dilacero corpos e atropelo pessoas em jogos desde pequeno. Desde que eu me lembro. Experimentei meu primeiro GTA - ainda para o finado play 1 - em meados dos meus 9 - 11 anos de idade e fazia as piores atrocidades espetaculosas no game. Apesar da visão aérea e dos gráficos pixelizados, era possível enxergar a matança de pedestres ou a explosão de carros nas ruas. E era justamente este o fator determinante para a diversão pretendida.

Mas voltando ao que me interroga. É que sempre fiz tudo isso nos games e hoje não sou um assassino de aluguel tampouco um maluco que sai por aí atropelando todo mundo na calçada. Meu lado maluco é voltado a games, gramática, super-heróis e afins, além de outras coisas "normais", maluquices que todos têm. Vai depender da educação do papai se o fulano será influenciado pelo jogo ou não. Não depende do jogo. Nunca. Isso é besteira. É papinho de advogado norte-americano reacionário. É balela de quem quer achar desculpa para "não deixar o filho 'viciado nessas coisas eletrônicas' aí".

Nunca me restringiram a nada. Se existir o medo da influência, fique ao lado do moleque explicando que isso é isso e aquilo é aquilo no jogo. Se bem que nunca fizeram nada disso comigo (e com tantos outros gamers que conheço) . É simplesmente intuitivo saber assimilar o que é certo e o que é errado fazer nos games, afinal de contas, a educação que recebemos em casa - no dia-a-dia - constrói nosso caráter e nos dá o senso da razão para tudo, inclusive para a relação games/realidade.

Tem coisa mais divertida do que decepar um Locust com a serra elétrica da arma Lancer em Gears of War ? Ou pegar um Blista Compact e fazer panqueca de transeuntes nas calçadas de GTA 4 ? É tudo alívio imediato para o "stress" ! Parece insano, mas é divertido. Aí é que está o paradoxo : parece que quanto maior o teor de violência/insanidade/coisas-impossíveis-de-se-fazer-na-vida-real, mais divertida a coisa fica. São coisas que qualquer ser humano de bom senso sabe diferenciar na vida real.

É como escrevi num artigo que foi publicado na EGM PC em janeiro de 2007, num trecho em que uma cliente veio me perguntar sobre o "GTA : San Andreas" : "(...) mas esse não é aquele que você mata gente na rua ? Será que não é violento demais para meu filho de nove anos ?"

Para não dar corda, eu apelo : "que nada, o mais divertido é pegar um taco de golfe e dar na cabeça das velhinhas".

Aí ela foi lá na prateleira dos jogos infantis pegar um Coelho Sabido qualquer. Eu também fui olhar depois, por curiosidade. "Deixa eu ver o tal do Coelho Sabido", pensei. Pego a caixa, viro, leio tudo e não consigo filtrar a graça nem a diversão, muito menos o incentivo para algo. E no mesmo momento me lembro que hoje, com 21 anos, eu penso que nunca achei graça naquilo, muito menos joguei. Nem quando pequeno, nem há 15 anos atrás, nem nunca.


Ainda bem, porque não sei em que ponto o software diverte. Sim, "software". Isto não é jogo.


Se alguém souber o tal ponto, por favor, me fale.



Abrátzo

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Agradecimentos

Quero agradecer a todos pela visita, presença, participação e interesse em conhecer meu blog.

Vale enaltecer que o blog não teria esse nome, que é uma fusão de "games" com o sufixo "logia" (estudo de algo), se não fosse pela sugestão do meu caro amigo Samuel Cabral (Sammm), que uniu as duas palavras, resultando na fusão "gamelogia".

Obrigado aos que sempre me dão idéias, aos que comentam nos meus posts (avante, gamers ! Adonis Kill, Segundo, Pakkii, Eongwera etc), que dão sugestões para melhorias, críticas e reivindicações etc. Sem falar nos momentos didáticos, que estão dando uma boa dose de "ibope" para o blog. O último post, do "seje" e "menas", foi sugestão/pedido do meu caríssimo Zázs ! Grande Zazu, hehe.


Brigado eu. Ops, olha o erro ! Obrigado A VOCÊS !



Abrátzo

domingo, 19 de outubro de 2008

Momento didático - "seje feliz em menas horas de exercício"

Calma, calma, não li esta fatalidade em lugar nenhum ! Apenas ouvi. O que é pior, de certa forma. O "menas" dá até aflição. O "seje" não se cansa de tentar. Gruda nos ouvidos e sai automaticamente do paladar cotidiano. Eita termozinho impregnante !

É o típico trecho que se ouve quando NÃO queremos ser alguma coisa. Conjugando o verbo "ser" no subjuntivo, fica "que eu sejA, que tu sejAs, que ele sejA, que nós sejAmos, que vós sejAis, que eles sejAm" !

E fica aqui meu último post desta página, totalizando oito posts, que foi o limite que estipulei. Caso queiram acessar os posts anteriores, é só clicar em cima dos links de arquivamento que ficam do lado direito da tela, lá embaixo (começou em "Welcome").

Assim como a questão do "faz" e "fazem", mais uma vez nossos instintos falam mais alto e a coisa acaba saindo naturalmente. "Fazem horas que tô aqui..", lembram ? Pois é. Eu mesmo, quando conto alguma história torcendo para que fulano seje, ops, seja tal coisa, o "seje" quase sai escapulindo da boca, aí eu rebobino a fala e reformulo para o "seja".

O verbo "ser" e "estar" são um caso à parte. Não entrem no embalo do verbo "desejar" ou "ensejar" ou qualquer outro com este mesmo sufixo. No caso, "deseje" e "enseje" são termos corretos, é claro, mas "seje" do verbo "ser" ou "esteje" do verbo "estar" não existem ! É comum o estranhamento na pronúncia do "seja", não é verdade ? Parece que não combina com o resto da frase ou faz do pronunciante um pedante. Mas é o certo. "Seja feliz em menas horas de exercício".

Eu só vou ser plenamente feliz em menOs horas de exercício. O "menas" é uma fatalidade ortográfica que nem consta em nenhum dicionário. Não existe. Simples assim, não tem origem nem significado. Mantenham distância ! Mesmo que a palavra seguinte seja - sejA - um substantivo feminino (no caso aqui, "horas"), é sempre "menos" que devemos falar/escrever.

Tem dica da vez ? Tem. Se acha que "seja feliz em meNOs horas de exercício" fica feio ou esquisito, troque o "menos" por "poucas" que também se encaixa atrativamente. Isso se aplica a qualquer outra frase em que você queira expressar o "menos" antes de algum substantivo feminino que esteja no plural, que é o caso de "horas".

Ontem mesmo eu falei : "tenho que fazer menos atividades em casa". Seria perfeitamente aceito se eu tivesse dito : "tenho que fazer poucas atividades em casa". Só tome cuidado para não dar uma conotação diferente pra coisa ou use o "menos" mesmo que também não tem problema nenhum. Apenas mantenha distância do "menas" !


"Seja feliz em menos horas de exercício" é o sósia de "seja feliz em poucas horas de exercício" - e ambos estão corretos.


Agora sim dá pra ser feliz. Se bem que sou meio letárgico pra esportes...



Abrátzo

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Grotesco espacial

Além de "Jason X", não vi nada por aí que fosse uma espécie de "terror no espaço" tão grotesco quanto o game de terror da EA que acabou de sair, o "Dead Space".

Aliás, a EA, que é a gigantona softhouse de games - mas LONGE de ser a melhor - acabou de inaugurar um feito inédito com Dead Space : entrou no ramo dos jogos de horror.

Eu, particularmente, não curto a EA. É arrogante, tem mania de querer comprar todas as franquias para colocar o logozinho enjoado da "EA" na capa e produz games que, quando bem feitos, não saem do patamar medíocre. EA Sports...aí vem aquela sacola com tantos títulos de esporte que você nem sabe por onde começar. E ela, cheia de orgulho que é, vem falar do "Fifa, fifa, fifa...que o Fifa é isso, é aquilo"....sabendo que nenhum game de futebol consegue tirar a soberania de Winning Eleven. Vai, Konami !

Por isso que fiquei meio preconceituoso quanto ao lançamento de Dead Space. Como sou adepto do gênero, resolvi dar uma chance ao dito cujo e estou louco para experimentá-lo. Afinal de contas, como é que se explica, biologicamente, a espécie de uma criatura dessas (da imagem ao lado) ? Depois que eu tiver uma sessão de jogatina particular com o game, colocarei aqui no blog minhas impressões.

E o enredo, apesar de superficial, desperta a curiosidade. É simples : você é um engenheiro espacial que está freelando numa nave, aí recebe um pedido de socorro de outra embarcação. Quando chega lá, se depara com os alienígenas mais horrendos já catalogados. Precisa de mais alguma coisa ? É puro pretexto para a bacia de sangue que jorra à vontade no game...

Ah, e dá pra desmembrar partes do corpo. Quer tirar aquele alien chato do seu encalço ? Hehe, é só picotar as duas pernas que tá resolvido.


Se desse pra eu fazer isso com certos clientes de onde trabalho...



Abrátzo

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ansiedade master : pré-venda de Gears of War 2

Mal cheguei no trampo e já estava o maior alvoroço por causa do lançamento de Gears 2. Chega a ser inusitado o fato de ter sempre um cliente engraçadinho que pergunta : "já chegou o Gears 2?".

Estamos carecas de saber tanto por divulgação da Epic Games quanto pela própria Microsoft que o lançamento mundial será no dia 07 de novembro deste ano de 2008. Logo, o negócio é segurar a ansiedade e acalmar os ânimos porque já está rolando a pré-venda.

E esta traz as duas versões do game...a standard, que nada mais é do que o conjunto básico que consiste no jogo, manual e caixa, e a edição limitada, aquela que faz valer a compra - principalmente para os fãs. É bem mais parruda : vem numa caixa metálica que acompanha um DVD bônus cheio de extras e também dá acesso à arma Lancer dourada para os duelos online.

Ouvi dizer que o kitzinho limitado também vai nos brindar com um livreto contendo arte conceitual e palavras de Cliff Bleszinski, o mentor da obra. Só não tenho certeza porque nunca mais ninguém falou sobre o tal do livreto. Só vejo e ouço afirmações da caixa metálica e do DVD extra.

Achei que o preço poderia ficar nos 159, mas estão fazendo como Halo 3 : também chegou custando 179, aí depois teve redução. No caso de Gears 2, a edição básica vai sair pelos mesmos R$ 179,00, e a luxuosa, R$229,00. Por 50 reais de diferença (e por ser GEARS OF WAR!), é óbvio que o sábio ficará com a versão pomposa.

Só achei sacanagem os caras não terem traduzido pro portuga do Brasil. Não vou ficar com aquela raiva espalhafatosa que muitos brasileiros gamers estão tendo agora, mas é no mínimo questionável que a Microsoft do Brasil não tenha tido o trabalho de traduzir um game de peso como Gears 2 para o nosso português. Só as legendas já ajudariam muito. A dublagem gera um gasto enorme e o retorno pode nem ser obtido, agora, nem a legenda ? Aí denigre.

Repararam que o último Viva Piñata (Trouble in Paradise) já não está mais em português ? Não que o game seja importante - para mim, é a mesma coisa que estourar bombinhas na rua -, mas bate um sentimento de indiferença por parte deles que desanima. Pô, os outros dois Viva Piñatas vieram totalmente - TOTALMENTE - em português ! Custava ter apenas mantido a regra ? Não, já ficaram com "preguiça" ou foram mãos-de-vaca demais para traduzir uma terceira versão do game.

Ainda bem que o preço dos jogos "nacionais" é razoável. Que venha Marcus Fenix com seu esquadrão de elite que pagaremos o necessário por algumas horas de enfrentamento contra as forças subterrâneas Locust.


É divertido demais para economizar.


Abrátzo

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Momento didático - "eu tô aqui fazem duas horas e nada !"

"(...) ah, e todos os outros antivírus rastreiam rapidinho....eu tô aqui fazem duas horas e nada !". Foi o trecho que me despertou daquele momento de estado em transição entre o pegar no sono e o estar acordado, num treinamento de antivírus que tive no meu trampo.

Não que eu fique prestando atenção na maneira que os outros falam, longe disso, mas é como o senso do homem-aranha : parece que um "bzzz", como se fosse um choque, se manifesta na mentezinha de neura que tenho para a gramática e para os diálogos corriqueiros.

A questão do "faz" e "fazem" é bastante intrigante. É praticamente instintivo colocar o verbo "fazer" no plural, já que a palavra seguinte é o numeral "duas". Nada mais natural. "Tô aqui fazem duas horas e nada".

Só que se o "fazem" for substituído pelo verbo "haver", mantendo a semântica, a coisa muda de figura. Vamos reformular : "Tô aqui há duas horas e nada". Olhaaa ! E dá-lhe pegadinha das boas. Ninguém diria "tô aqui hão duas horas e nada". Não existe tal termo.

Logo, o verbo "fazer", quando se refere a tempo decorrido (no passado), é impessoal, assim como o "há" de "haver". Deve ser usado sempre no singular !

Exatamente, a opção é "tô aqui FAZ duas horas e nada". É estranho, mas a gramática prega essas na gente mesmo.

Dica da vez ? Na dúvida, troque pelo verbo "haver" e use "há". Aí não tem chance de erro. "Tô aqui há duas horas e nada" é a mesma coisa que "tô aqui faz duas horas e nada".

Eu disse que era intrigante. Eita...


Abrátzo

Zumbis na África

E o game mais aguardado pelos fãs de terror vai chegar somente em março de 2009.

Resident Evil 5, uma das continuações mais esperadas desta geração, promete um sistema de save automático - descartando as boas e velhas máquinas de escrever - e fortíssima jogabilidade em modo co-op.

Achei interessante a aparição da tal da Sheva, a personagem secundária que vai ajudar o velho de guerra Chris Redfield a desvendar os mistérios que rodeiam um país fictício da África.

Exatamente, meus caros : a ambientação vai se dar num local africano que, segundo a Capcom, fica entre Etiópia e Quênia. Ainda não se sabe como e por quê Chris foi parar lá, mas é fato que o jogo dará continuidade à saga iniciada no quarto episódio da série.

Aliás, Resident Evil 4 é fodástico, hein ? Aquela jogabilidade com câmera fixa e bonecos giratórios de RE 1, 2 e 3 já estava ficando batida, sem falar que a história começou a ficar sem mais possibilidades de conclusão - a Corporação Umbrella já teve o seu momento. Agora é hora de mostrar como será o alastramento do vírus causado pelos parasitas "Las Plagas", criado em RE 4 por aqueles malucos de uma vila européia.

Leon S. Kennedy saiu de cena para dar vez ao nosso querido Chris Redfield, presente desde o primeiro RE. O cara tá 10 anos mais velho no quinto episódio (wow!), mas, pelos trailers exibidos até agora, parece estar em forma.

Quero ver mais mudanças na jogabilidade. Até agora está tudo "mais do mesmo". Nenhum trailer exibido impressionou. É claro, a ação incessante e os gráficos next-gen são colírio para os olhos, mas toda a fórmula de RE4 está aqui, praticamente sem mudanças. É déjà vu. Por isso a Capcom adiou o game para março de 2009 : promete adicionar "muitas melhorias significativas". Vamos ver.

Dêem uma olhada neste trailer, exibido na feira de Leipzig (Alemanha) deste ano. Pena que ele mexe com o ponto mais sensível da ansiedade de fãs entusiastas da série (como eu) que tenham que esperar até 2009 :


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Criatividade no Pequeno Grande Planeta

Pois é, uma das grandes promessas de 2008 está chegando ao mercado no final deste mês, com exclusividade no PS3.

"LittleBigPlanet", em desenvolvimento desde a existência do PS3 e que já foi adiado diversas vezes (a primeira data de lançamento divulgada foi no meio de 2006), tem uma premissa interessantíssima, sugerida pelo próprio nome.

Neste "pequeno planeta" existe uma espécie de criador de plataformas que permite aos jogadores a criação e o compartilhamento de fases inteiras, trechos, objetos atingíveis e até mesmo personagens totalmente customizáveis. Os ambientes têm interações físicas que obrigam os jogadores a usar cooperação e competitividade simultaneamente.

Uau. É o tipo de game pra família que atrai qualquer um, de qualquer idade. O legal disso tudo é a possibilidade de enviar suas criações mirabolantes para a PS3 Home, serviço online de compartilhamento de informações à base de avatares (algo parecido com o "Mii", boneco virtual que você cria de si mesmo no Wii da Nintendo).

Ou seja, você exibe toda a sua criatividade num produto final que pode ser visto e jogado por milhares de pessoas do mundo todo e vice-versa.

O visual parece ser bom para a premissa do jogo, mas não estonteante para os padrões do PS3. Ainda tô pra ver o jogo que vai superar os gráficos de Uncharted : Drake's Fortune. Tô achando que só God of War 3 vai conseguir tal feito.

De qualquer forma, fiquem com um vídeo do game, que chega às prateleiras norte-americanas no dia 21 de outubro :


Momento didático - "Brigado eu" ?

Ah, não vou deixar pra mais tarde aquele exemplo do Jô Soares não. Vou postar agora.

Acho que o título já sintetiza : "brigado eu". Assim que acaba de contar uma piada ou se despede de alguém que agradece, o Jô replica com o disseminado e popular "brigado eu", todos os dias em seu programa.

A primeira citação gramatical do meu blog começa aqui, pessoal. Ainda há muitas coisas que precisam ser aprendidas e exploradas ao pé da letra para desvendar as nuanças da língua portuguesa, que é considerada por muitos como "o terceiro idioma mais difícil do mundo".

De fato, o português não é fácil. Agrega várias funções e tipos gramaticais que são defendidos por alguns e criticados por outros. Muitas vezes, um mesmo termo pode ser usado de duas maneiras possíveis, duas maneiras corretas (ou mais) em diferentes contextos.

Só que existem alguns que devem ser deletados de nosso glossário cotidiano, que é o caso do "brigado eu". Por favor, me expliquem esse termo. Engraçado que sempre pesquisei pelos termos que julgo incorretos ou duvidáveis e nunca acho algo muito concreto pela internet, somente consultando os ardorosos sábios para saber.

Mas vamos lá : "brigado eu". A quem você está agradecendo ? A si mesmo ? Se ao menos houvesse um artigo intercalando o "brigado" e o "eu" para ficar algo como "brigado a eu", seria MENOS PIOR, mas ainda ERRADO.

O jeito certo de falar/escrever é "obrigado a você", e tá explicado na própria frase ! A intenção é agradecer de volta a quem te disse "obrigado", e é claro que o "eu" logo vem à mente nesta hora, porque "eu é que digo obrigado", não é verdade ? Aí sai o "brigado eu", que não tem concordância nenhuma. E sabem que costumo ouvir isso nos lugares menos prováveis ? Engraçado que em lugares humildes, que ninguém "bota fé", eu ouço o termo certo.

A idéia é falar obrigado ao próximo, logo, "obrigado A VOCÊ" ! "Obrigado à senhora" ! "Obrigado" a quem quer que esteja na sua frente, e não a você mesmo, não "brigado eu".

Minha dica ? Na dúvida, use "eu é que agradeço". É absolutamente aceitável e gramaticalmente correto.

É, Jô Soares fala "brigado eu" diariamente em seu programa. Assistam que vocês vão ver, ou melhor, ouvir.

Abrátzo,

Bruno.

Welcome !



Nada como o jargão norte-americano para dar a todos as minhas boas-vindas. Por inspiração de uma amiga minha (Litaa) e por diversos outros motivos nerds que dizem respeito à minha personalidade, resolvi criar este blog com o intuito de relevar a importância dos games tanto para os leitores triviais de internet quanto para o mundo afora.


Além de games, o outro tema do qual falarei com freqüencia aqui será a gramática. Sim, gramática, gramática do português, que engloba ortografia, concordância verbal/nominal, regência, pontuação, conjugação, norma culta e forma coloquial...e diversas outras pegadinhas que atormentam o cotidiano de todo mundo.

Periodicamente - e de acordo com a minha inspiração - vou colocar exemplos de trechos e textos que todos os dias são ouvidos ou escritos erroneamente. Existem erros superficiais que qualquer um comete (inclusive eu), é claro, mas existem outros mais letais que atingem até mesmo o Jô Soares (é verdade, mais tarde citarei um exemplo aqui de algo que o respeitadíssimo Jô fala diariamente em seus programas).


Bom, acho que é isso. Notícias de games importantes devem aparecer por aqui também, e a freqüência só deve aumentar com o tempo. Afinal, meu "eu-intelectual" está diretamente ligado aos games e à tecnologia de um modo geral.


Obrigado !


Abrátzo,


Bruno.