domingo, 30 de novembro de 2008

Momento didático - "senão" ou "se não" ? Isso não tem nada "haver" ou "a ver" ?

E este post dá início aos momentos didáticos "escritos", e não somente falados. O que é não menos importante, não é mesmo ?

Dá pra sintetizar a explicação de um jeito bem fácil e simples, senão eu nem estaria aqui escrevendo. É, exatamente, "senão", assim, tudo junto. Os famosos "senão" e "se não" confundem todo mundo, todos os dias. Pra falar é fácil, não fica explícito; mas na hora de escrever o bicho pega.

O termo "senão" pode ser empregado em quatro situações diferentes. Vou colocar um exemplo para cada situação para ilustrar melhor :

"Senão" pode ser também "de outro modo, do contrário", indicando o inverso. Algo como : "mate o Locust agora, senão é ele quem vai te serrar" (do contrário, é ele quem vai te serrar).

"Senão" pode significar "mas sim, porém", como se diminuísse um tom. Veja : "não havia motivos para você decepá-lo, senão matá-lo" (mas sim matá-lo, porém matá-lo).

"Senão" exerce função de conjunção restritiva, assim como "apenas, somente". É bastante comum em trechos como "não se via nada senão tripas e cabeças degoladas" (não se via nada, apenas tripas e cabeças degoladas ou somente tripas e cabeças degoladas).

"Senão" pode indicar defeito ou falha. É raramente usado com esta finalidade. Ainda assim, não deixa de existir : "não houve um senão no jogo" (não houve nenhuma falha no jogo, não houve nenhum defeito no jogo).

Partindo para o "se não", é simples : é a conjunção condicional "se", que é igual a "caso", + o advérbio de negação "não" usados naturalmente. "Se não chover amanhã, vou colocar a TV no quintal e jogar Wii Fit" (caso não chova amanhã).

Tem tudo a ver, não é ? A ver. E não "haver". "Haver", oras, é o verbo. Não tem nada a ver usar "haver" erroneamente. "Vocês têm tudo a ver", é o que costumamos dizer educadamente a um casal bonito. E que está ortograficamente correto também. Se usarmos o verbo, aí é outra coisa, completamente diferente : "Vai haver confusão quando o outro clã virar o jogo" (vai ter confusão quando o outro clã virar o jogo). "Haver" exerce sentido de "ter, existir".

Dá pra colocar tudo numa sentença ? Tcho tentar : "Vai haver discordância entre esses dois, eles não têm nada a ver um com o outro. É melhor se separarem agora, senão vão brigar feio ! Se não sair o xbox 360, sai o play 3. Os dois no mesmo lugar não dá !"

Pensavam que era briga de casal, né ? Ué, videogames podem atuar em par, mas nem sempre no mesmo ambiente.

Microsoft e Sony é treta na certa.


Abrátzo

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Estarland é o canal !

Tá duro de sustentar os consoles da nova geração ? Descobri um canal de vendas internacional bem legal, quer dizer, um amigo meu que indicou o starland. Ops, é "E"starland ! Ou www.estarland.com.

Eu sempre tive receio de usar cartão de crédito internacional para comprar nesses sites que enviam para o mundo todo. Até porque nem possuo um cartão desses...o jeito foi pegar emprestado, hehe.

Mas meu caro amigo Samuel, da Nintendo, falou tão bem do negócio que me convenceu a fazer um teste e perder esse receio. E a coisa deu certo : a cobaia foi o jogo Banjo-Kazooie : Nuts & Bolts, excelente adaptação da antiga franquia da Nintendo para o Xbox 360, produzido pela querida Rare, que fez os melhores jogos da nossa infância nos tempos áureos do N64.

E o jogo, ainda mais por se tratar de um lançamento, não sai por menos que 180, 190 reais em terras tupiniquins. Pois é, custou 45 dólares no estarland, ou R$ 101,25 com o dólar cotado a 2,25. Exatamente. 100 pilas. E já está incluso o frete neste preço, viu ? O jogo custou meros 37 dólares, e o frete, 8 dólares para o Brasil no procedimento comum de envio, que leva uns 15, no máximo 20 dias para chegar. E funcionou ! O processo é tranqüilo e te guia automaticamente ao Pay Pal, que é o sistema de pagamento para cartões de crédito internacionais.

O único empecilho é o fator ansiedade mesmo. Às vezes, para um game muito aguardado, esperar 15 dias pode ser martirizante.

Mas vale a pena pela economia. Pelo menos dá pra gastar o resto em bonequinhos, aqueles action figures.

Abrátzo

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Análise : Dead Space

Acho que a EA ganhou mais o meu respeito com esta pérola de horror que saiu há pouco tempo. Uma softhouse não vive só de "EA Sports", The Sims ou Spore, não é mesmo ? E a dita cuja fez bonito com o estreante Dead Space ao ingressar no gênero survival horror, categoria que hoje está num patamar de competição bastante acirrado, que exige competência e criatividade para se destacar.

E o game te coloca na pele do engenheiro espacial Isaac Clarke logo depois de uma breve introdução da história, que mostra uma pequena equipe a caminho do USG Ishimura, uma estação espacial que teve sua tripulação dizimada por algum tipo de espécie alienígena até então desconhecida.

Só que você e a sua equipe não estavam cientes disso. Logo, fica previsível o clichê : vocês chegam, conhecem o interior da estação e está tudo lindo, mil maravilhas. Até que os sintomas macabros começam a surgir : a energia é inexplicavelmente cortada, tudo fica escuro e todos ficam tensos, culminando, é claro, num membro da equipe sendo dilacerado diante de seus olhos pela coisa mais grotesca vista nos últimos tempos em um game de terror. Dá tempo de fugir com a equipe restante para uma espécie de cúpula e pensar no que fazer.

E é justamente neste ponto que o game mostra a que veio : dar sustos. Um por sala, pelo menos. Depois de se equipar com uma armadura toda cromada e um capacete que eu, particularmente, achei bem assustador (parece um derivado de "Jason X"), você inicia sua busca por pistas e informações sobre a carnificina gerada pela grotesca espécie alienígena que cria o ambiente hostil do game.

O visual do personagem e as minúcias do espaço sideral, nos trechos em que a nave está com as paredes desmanteladas, são colírio para os olhos. Apesar de alguns serrilhados - mesmo em 1080p -, o esforço da EA em criar uma atmosfera de medo não foi à toa. Tá tudo bem executado; os inimigos têm feições e aparências que botam medo até no Zé do Caixão. Por falar neles, até que estão bem espertinhos, viu ? Surgem do nada - sim, são absolutamente imprevisíveis e sempre fazem o jogador dar pulinhos da cadeira a cada esquina dobrada - e te perseguem impiedosamente.

Neste minuto, a jogabilidade baseada em desmembramentos dá o ar de inovação : as armas disponíveis no game disparam "estilhaços" (calma, tem arma de fogo mais tradicional também) que picotam as pernas, os braços, a cabeça ou a parte que você quiser decepar do bicho. É impossível não se lembrar de Resident Evil 4; fica claro que a EA se inspirou na franquia da Capcom para definir o esquema de mira e câmera, aquela sobre o ombro.

Aliás, a EA se inspirou em outros games consagrados para deixar Dead Space bem produzido, fator que pode servir como crítica por falta de criatividade. Os corredores macabros e a sensação de solidão, aliados ao clima claustrofóbico de estar isolado no espaço, são coisas oriundas de Doom 3. Até alguns inimigos estão parecidos com as criaturas malignas de Doom. Outro game que influenciou o roteiro de Dead Space foi Bioshock justamente por mostrar uma "raça" que foi geneticamente alterada por motivos aparentemente desconhecidos, tal qual em Bioshock. Há outras referências que só jogando para notar as semelhanças com Bio.

A qualidade sonora não fica atrás. Pra quê música ? Somente os seus passos e os grunhidos das criaturas - que podem nem estar à vista, mas estão te observando de algum lugar - são o suficiente. Às vezes tem aquele violino bem fininho, típico de momentos tensos do terror, quando algo está para acontecer. Em Dead Space, nada acontece; somente quando você não espera.

Pena que todo esse clima perfeito às vezes é quebrado por objetivos bestas que você deve cumprir. Coisas do tipo "pegar um fusível para abrir uma porta" ou "encontrar o gerador de energia e religá-lo para acessar os computadores" já estão meio batidas. E é sempre a mesma coisa : você tem que achar um cartão no corpo de um fulano que foi morto para abrir tal porta; tem que perambular pra lá e pra cá só pra achar uma pecinha de fusível, e por aí vai. Ainda assim, a história é instigante e te deixa preso até o fim para saber a razão daquela carnificina toda.

Apesar de todos os conceitos bem aplicados, Dead Space não é perfeito e deixa espaço para muuitas melhoras que poderão ser executadas numa possível continuação, como abusar mais da criatividade e corrigir aspectos que podem tornar a ação repetitiva ou chata, como esses objetivos enfadonhos o fazem.

Ainda assim, trata-se de uma ótima produção da EA, para uma softhouse estreante no gênero survival horror.

Dead Space tem roteiro consistente e condizente com a proposta principal do gênero : dar medo.
Veredicto : 8,5

domingo, 23 de novembro de 2008

O universo fantástico de Fallout 3 (que ainda quero conhecer)

Nota 10 na nossa revista oficial do Xbox 360, última edição. 10 no uol games. Até o IGN, um dos canais de games mais frescos e "odiados" por ser exageradamente exigente, deu 9,6 para o dito cujo - o Fallout 3, quero dizer.

Um amigo meu jogou no Xbox destravado dele antes do lançamento - meus pêsames a ele, foi banido pouco tempo depois - e torceu um pouco o nariz, alegando que o personagem parecia um "sabão se movimentando". E depois arrematou com algumas críticas plausíveis e elogios dispersos, como se o jogo fosse mais do mesmo.
Respeito muito a opinião dos sábios, e por isso é sempre importante ler tudo sobre um jogo em vários veículos e canais diferentes para se ter uma idéia do balanço que ele possa ter antes de ser jogado. No caso de Fallout 3, título que, apesar dos ótimos vídeos (tem um nesse post, mais abaixo) e da competente equipe de criação - a mesma responsável por Oblivion -, fiquei meio duvidoso quanto à proposta da obra. RPG ? Ação ? RPG de ação ? RPG estratégico ? RPG "pós-apocalíptico" ? Ou tudo isso em parcelas generosas ? Resposta certa, como tudo conspira.

Meu gênero favorito é ação/aventura, com direito a tripas, tiros, estilhaços, explosões megalomaníacas, enredo memorável, trilha épica e até coisas mais tenras e agradáveis, encontradas em títulos inesquecíveis como Banjo-Kazooie, Mario, Kameo, Zelda, Donkey Kong, Star Fox e cia.

Apesar de tudo já publicado sobre Fallout 3, de todas as informações disponíveis e todos os elogios possíveis, ainda não sei o que esperar do título. Mais ação, mais RPG ou essa mistura toda em doses homeopáticas ? "Não espere por um jogo de ação", já ouvi. Mas também já ouvi que "dá pra estourar os miolos dos bichos". E isso me empolgou.

Acho que o que encaixa Fallout 3 no nicho dos RPGs é a personalização do protagonista, com pontuação nos atributos e evolução do caráter, bem como o enredo profundo e pós-apocalíptico, que coloca você numa Washington devastada por bombas nucleares, infestada de mutantes bizarros e aberrações que lembram até o Nemesis, de Resident Evil 3. Isso sem falar na customização das armas, nos diálogos, nas escolhas...tudo isso é característica de RPG, mas os tiros trocados com os inimigos, pelo que li por aí, são recompensadores.
Vale a pena conhecer. É o que pretendo fazer...coloquei esse vídeo do gametrailers, que é bastante instigante e desperta o gostinho de curiosidade pela coisa. Qualquer um fica com essa pretensão.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Suei de ansiedade (e nervosismo), mas consegui. Gears of War 2 edição limitada !

Exatamente, meus caros. Pensei que todas as peças iriam embora por causa das pré-vendas - e eu, vacilão que fui, não comprei a pré-venda. Apenas fiz para os clientes e "esqueci" a minha própria.

A sorte é que três peças vieram de lambuja, ou seja, comprei uma assim que percebi que estava disponível.

E nada como desfrutar de uma edição limitada de Gears of War 2. O pacote veio como prometido : caixa metálica com o título em alto relevo, dvd bônus com conteúdo extra, livreto de 48 folhas com arte conceitual do game e acesso a mapas exclusivos, além da arma Lancer dourada. Praticamente tudo que coloquei nas imagens de um post falando da ansiedade pelo Gears 2. Tem no arquivo do blog.

E é hora de mandar as forças subterrâneas Locust de volta pro inferno. Nada como usar a Lancer para serrar esses malas (e para um alívio imediato do "stress").

É divertido demais para economizar. Valeu cada centavo.


Abrátzo

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O cliente "repetente"

E virou moda ficar repetindo as perguntas. Pelo menos pra um cliente xarope que fez todo mundo na loja rachar o bico com suas pérolas repetitivas. Sim, três vezes a mesma coisa. Perguntou se um notebook que estava lá na exposição era da Toshiba.

- Sim, senhor, é da Toshiba.
- Mas é da Toshiba ?
- Sim.
- O notebook é da Toshiba ?
- Sim.
- Da Semp Toshiba ou da Toshiba ?
- Da Toshiba, senhor...

Calma, ele quis saber também a diferença entre HP e Sony :

- Qual que é melhor, HP ou Sony ? Sony ou HP ? HP ou Sony é melhor ?

Hahaha, e tem essa última, sobre uma mochila para notebooks, uma repetição tão pura e sem rodeios que entrou para o rol de histórias dos clientes inesquecíveis :

- Essa mochila é boa ?
- É.
- É boa ?
- É.
- É boa ?
- .......é.

Depois do terceiro e último "é", ele parou. E a gargalhada rolou solta, porque nenhum atendente se agüentou ! Vários estavam observando a cena. Hahaha...


Clientes, clientes....inexplicavelmente...peculiares.


Abrátzo

domingo, 16 de novembro de 2008

Momento didático - "não há nada entre eu e você, portanto, deixe isso para mim fazer"

Essa é das brabas. Qualquer um comete essa gafe (eu também). E a explicação é tão simples quanto complexa. Mim faz, oras ! Mas mim não sou índio. Nossa, que emboloração...vamos descomplicar.

"Mim" ou "eu", eis a questão. Quando e como usar ? É simples : "eu" é pronome reto, "mim" é pronome oblíquo. Ainda está grego, eu sei. Só que "mim" nunca exerce função de sujeito e deve ser antecedido por preposição : A mim, DE mim, ENTRE mim, PARA mim, POR mim...e na frase citada no título desta postagem tem um "para mim", não tem ? E está errado ? Sim ! Porque há um verbo depois, o "fazer". "(...) deixe isso para mim fazer".

Não deixo ! Ao pé da letra, o correto seria : "deixe isso para mim". Ponto. Sem verbo depois. Termina no "mim". Mim não faz mais nada. Se tiver verbo depois de "mim", nada de "mim", mas sim "eu" ! E é neste ponto que o pronome "eu" certifica o seu acerto na fala : "deixe isso para EU fazer". Repararam no "fazer" depois de "eu" ? É o verbo que concorda com o pronome "eu".

Veredicto : a diferença entre "para mim" e "para eu" está na presença ou não de um verbo (sempre no infinitivo) após o pronome ! Mais um exemplo para ilustrar a correção : "Este bilhete é para mim". Correto. "Este bilhete é para eu ler". Correto ! Nada de "este bilhete é para mim ler". Desta vez, o verbo em questão é o "ler". Resumindo : usou o "mim", coloca o ponto final. Nada de verbo depois ! Se quiser usar verbo, então coloque o "eu" antes.

O mesmo conceito funciona para "entre eu e você", que, por mais estranho que pareça, está errado. Pois é. Cadê o verbo depois de "eu" ? Não tem. Não havendo verbo, devemos sempre usar "entre mim e você". E não adianta teimar : "não há nada entre mim e você" e pronto. Colocou verbo ? Aí sim : "não há nada entre eu sair e você ficar em casa", por exemplo. Difícil, mas simples. Tem verbo, use "eu" antes. Não tem verbo, use "mim".

"Não há nada entre mim e você, portanto, deixe isso para eu fazer". Agora sim, tudo certinho !
"Entre eu e você" está sempre errado. Se você achou a forma correta estranha - "não há nada entre mim e você" -, então só resta uma solução : "a partir de hoje, não haverá mais nada entre nós".

Eita, português ! Idioma ramificável, passível de alterações. Sempre há uma outra saída.


Abrátzo

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sub-zero contra Batman ? Essa eu quero ver !


Parece até piada, mas a Midway estava com a cabeça no mínimo chapada quando pensou em algo excêntrico como misturar dois mundos totalmente distintos : o universo sanguinolento de Mortal Kombat contra os super-heróis da DC Comics.

É, a DC, aquela mesma responsável por Batman, Coringa, Super-Homem, Mulher-maravilha, Lanterna-verde...hahaha, é estranho imaginar a cena bizarra da luta, não é mesmo ? Não consigo pensar de que cabeça surgiu a idéia da fusão, mas o fato é que o jogo Mortal Kombat vs. DC Universe já é uma realidade disponível nas prateleiras, para PS3 e Xbox 360.

Essa imagem de divulgação, que mostra o Sub-zero, um dos consagrados do time de Mortal Kombat, encarando o Batman, que praticamente é o maior símbolo da DC (depois do Super-Homem, é claro), é simplesmente de dar frio na espinha, é aquela que provoca o "nooossa, que animaal" do gamer.

Quem dá pau em quem ? Acho que os times estão bem equilibrados. Achei esse videozinho na internet e coloquei aqui para demonstrar um pouco da interação brutal entre os dois mundos :

terça-feira, 11 de novembro de 2008

É hora de esmerilhar ! E agora batucar também. Guitar Hero : World Tour detona Rock Band

A Harmonix (produtora de Rock Band) que me perdoe, mas o novo Guitar Hero, que agora agrega também bateria, baixo e microfone, além da consagrada guitarra, debulhou a franquia da Harmonix. Em todos os sentidos.

Pelas demonstrações que vi até agora e por ter presenciado ao vivo a imersão, é possível afirmar que o novo GH superou até mesmo a bateria de Rock Band, que era o seu ponto alto. Além de pratos maiores, adicionaram os dois pratinhos superiores (chimbais), sem falar que o bumbo está mais consistente.

O repertório de mais de 80 músicas foi escolhido a dedo. Clássicos dos 80 até os anos contemporâneos, passando por Michael Jackson e Nirvana até Foo Fighters e Metallica, além de trocentas outras bandas famosas, consolidam a franquia como a melhor em termos de seleção musical - e agora, de variação na jogabilidade, saindo do padrão guitarra e se estendendo para a bateria, baixo e microfone, tal qual em Rock Band.


Eu mesmo estava preconceituoso antes da coisa sair. GH é um favoritismo que jogo quase que diariamente, pertence ao status "viciante". Esmerilhar os dedos em todos os GHs que saíram até agora não cansou, e eu faço questão de ter todos. Quando anunciaram esses outros instrumentos para concorrer diretamente com Rock Band - que já tem uma legião de jogadores bateristas -, confesso que eu estava incerto quanto à competência da Activision.



E eu estava mesmo. Agora estou convicto : Guitar Hero reinará supremo.



Ah, e tem a participação exclusiva de Jimi Hendrix. Quer coisa melhor ?

Tente em Rock Band, que também é muito bom, mas você não vai encontrar.


Abrátzo

domingo, 9 de novembro de 2008

"Quero Wii Fit sem Wii !"

Os clientes são seres inimagináveis. São incríveis, imprevisíveis, mas muitas vezes desinformados.

O casal quase terceira idade me vem com um Wii Fit recém-adquirido na sacola e começa o típico questionário : "que esportes têm ? Os de ginástica são legais ? E aeróbica ? É verdade que dá pra esquiar ?"

E chegam à pergunta cabalística : "é fácil de conectar na TV ?".

- Sim, senhor, é fácil, basta sincronizar com o Wii e pronto.
- Sincronizar com o quê ? Que Wii ?
- O Wii, senhor, o console. O Wii Fit é um acessório para o Wii, é uma balança que tem sensor de movimentos. Naturalmente deve ser sincronizado com o Wii, como um controle normal.
- Ué, mas eu quero fazer as ginásticas, sabe ? Que nem tá mostrando nesse vídeo aí (há uma TV com trailer de demonstração do Wii Fit). É só isso que quero, não quero este outro Wii !
- Senhor...e como você vai conectar o Wii Fit na sua TV ?
- .........
- É preciso ter o Wii, o videogame, para poder usar o Wii Fit, senhor. O Wii Fit é um acessório para o videogame Wii, só funciona a partir dele !
- Aaaaaahhhhh...e esses moleques nem me avisam...e quanto tá esse "Wii" ?
- Está 1.999,00, senhor.
- Quê ? 1.999,00 ? E dá pra parcelar ?
- Sim, em 10 vezes sem juros em qualquer cartão de crédito.
- Tá bom, põe na sacola aí. Quem gasta 700, gasta 1.999,00.


Hahaha, dá pra acreditar que o velhinho esportista falou isso ? Queria eu poder gastar isso, tipo, quem gasta R$ 229,00 numa edição limitada de Gears of War 2 gasta mais de R$ 2.000 num Xbox 360, oras.

E fica cada vez mais evidente que o Wii conquista a terceira idade, hein ? Acho que até o Jack Thompson, aquele advogado norte-americano que adora avacalhar e denegrir os games, deve dar uma jogadinha de vez em quando.

Sem ninguém saber, é claro.


Abrátzo

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Momento didático - "Falta duas coisas pra resolver por causa que não deu tempo"

Eis mais um dilema ouvido todos os dias por nossos sábios ouvidos. Esse aí prega peças até no Pasquale, celebridade do português, tradicionalista da gramática.

E o instinto fala mais alto de novo. Parece que é automático : o verbo "faltar" no singular, nesse caso, é só um exemplo de vários trechos em que o verbo em questão fica erroneamente no singular. Já ouvi : "ou, falta coisas pra fazer, hein" e "você não vai repôr os produtos que está faltando?".

Seria absolutamente correto se eu colocasse o verbo que vem depois ("fazer") antes do substantivo ("coisas"). Calma, vou descomplicar com um exemplo da forma correta. Vejam só : "falta resolver duas coisas". Voalá ! Resposta exata. O "resolver" veio logo em seguida, antes de "duas coisas".

Se você quiser mudar a ordem das palavras, então deve flexionar o verbo para o plural a fim de concordar com o sujeito ("duas coisas"). Descomplicando, fica assim : "faltam duas coisas pra resolver". É simples : o "faltam" está concordando com "duas", que é plural e veio antes. Simples e complexo.

Só que eu não resolvi por causa que não deu tempo. Ixi...aí eu nunca resolveria mesmo. Esse "por causa que" é um vício de linguagem proferido diariamente por todos nós, voluntária ou involuntariamente. O problema é que é pleonasticamente errado ! Tire o "causa", use "porque" e seja feliz.

"Porque" é a conjunção explicativa ou causal, é o que deve ser usado. "Faltam duas coisas pra resolver porque não deu tempo". Ufa ! Você até pode usar a palavra "causa", mas esqueça o pronome "que", então. Aí ficaria algo do tipo : "faltam duas coisas pra resolver por causa do tempo, não deu ainda". Nunca use o pronome "que" depois de "causa". Delete o "por causa que" do glossário e troque por "porque". Simples assim.

E realmente faltavam duas coisas pra resolver porque não havia tempo.

Não há combinação entre pressa e perfeição, oras. Melhor nem fazer se não fizer direito.


Ou fazer uma coisa de cada vez...




Abrátzo